A Queda do Muro de Berlim
Após leitura da primeira força enunciada no Livro “The World is Flat” de autoria de Thomas Friedman, para além de outros temas decifrados, o que mais suscitou a minha atenção foi o tema da queda do muro de Berlim, que aliás, a data enunciada como título da primeira força, se refere precisamente a esse facto.Após leitura do tema e algumas pesquisas pude imediatamente concluir que o acontecimento em cima anunciado é dado, para alguns, como o fim da Guerra fria e o início do processo de unificação da Alemanha…
E isto porquê? Como se sabe, este muro, construído em 13 de Agosto de 1961, servia como forma de separação de dois blocos opostos que formavam a agora Alemanha. A República Federal da Alemanha e a República Democrática da Alemanha, RFA e RDA respectivamente. Podemos também admitir que o muro não só dividia um país, mas um mundo, isto porque a Berlim Ocidental era constituída maioritariamente pelos países capitalistas, em especial Estados Unidos da América, e Berlim Oriental, constituído pelos países socialistas e consequentemente simpatizantes do regime soviético.
Estas mesmas duas entidades já tinham inclusive, algures em 1945, gerado a chamada guerra Civil, conhecida pela 2ª Guerra Mundial, que colocou “frente a frente” dois opostos, os capitalistas e os socialistas. Esta mesma guerra só terminou em 1991 com a extinção da União Soviética.
Durante os 28 anos que o muro de Berlim esteve “em pé”, gerou várias mortes, detenções e milhares de feridos, que ilegalmente tentavam passar “além fronteiras” e ir ao encontro das suas famílias e amigos que desta maneira ficaram separados sem maneira de evitar que tal acontecesse. Para além da forte vigia, o muro estava reforçado com cercas eléctricas e balas.
Na cerimónia da queda do muro, que ocorreu, segundo outras fontes, no decorrer das 23horas do dia 9/11/89, várias pessoas se juntaram, celebrando em cima do próprio muro ou até ultrapassando a fronteira, sem qualquer notificação policial devido à velocidade de todos os acontecimentos e impossíveis de controlar perante todos aqueles que “coordenavam” a situação. Para além da criação de um novo mundo, este acontecimento permitiu que a Alemanha se tornasse um só e que se gerassem novas maneiras de interacção entre todos os países que estavam “cobertos” por essa cortina de ferro de 63 km.
Convém frisar que a queda deste muro, não foi uma iniciativa dos Estados Unidos ou da União Soviética, mas sim, uma iniciativa completamente popular, perante uma União Soviética que nada fez para evitar que isso acontecesse, ao invés dos Estados Unidos que procurava estimular a população a derrubar o muro de Berlim.
A queda do Muro, marca também o fim da comunidade socialista, da União Soviética sendo que a maioria dos governos dos países constituintes acabariam mais tarde por adoptar medidas económicas de mercado aberto e envolverem-se no processo de globalização.
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